O Paraná está entre os três estados que mais reduziram os índices de mortes violentas entre 2016 e 2017. No período, o Paraná apresentou uma queda de 13,7% no número de mortes - de 2.940 em 2016 para 2.555 no ano passado. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado neste mês.
Os dados do Anuário confirmam uma tendência já verificada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, que aponta uma redução sistemática nos índices de criminalidade do Estado. O último levantamento revelou que o índice de homicídios caiu 29,2% entre 2011 e 2017. Em Curitiba a redução foi de 46% no período.
O acompanhamento da criminalidade no Estado é realizado pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) e mostra que o número de assassinatos no Paraná é o menor desde que os registros começaram a ser computados pela Secretaria da Segurança Pública, em 2007.
As informações da Cape se referem ao primeiro trimestre de 2018, período em que não houve nenhuma morte violenta em 255 dos 399 municípios paranaenses.
“Organizamos um sistema eficiente, com profissionais diferenciados para atuar na redução da criminalidade e aumentar a percepção de segurança. Os números comprovam a eficiência destas ações”, afirmou a governadora Cida Borghetti.
INVESTIMENTOS – Segundo a governadora a redução é resultado dos investimentos realizados pelo Governo do Estado na área, somados ao aperfeiçoamento e integração das forças policiais. “Equipamos as polícias e integramos as forças policiais para que os resultados sejam mais efetivos e ágeis”, disse.
A tendência é que os números caiam ainda mais. “A redução tem sido gradativa, e temos trabalhado para que ela seja constante”, disse.
ANUÁRIO - Conforme o Anuário, o Paraná mostrou evolução em praticamente todos os índices ligados a mortes violentas. Mortes de mulheres caíram 10,7% no período levantado pelo anuário. Já os latrocínios tiveram redução de 117 em 2016 para 67 em 2017, a segunda maior redução do nacional.
O próprio relatório divulgou que os investimentos públicos na área cresceram 10,37% de um ano para o outro ( de R$ 3,94 milhões para R$ 4,35 milhões).
REFORÇO – De 2011 para cá o Estado contratou 11 mil novos profissionais para as polícias militar, civil e científica e comprou 3 mil novas viaturas, além de equipamentos e armas.
Neste ano houve mais reforços na área, com a criação da Divisão de Combate à Corrupção e da Secretaria Especial da Administração Penitenciária. Foi liberado processo seletivo para contratação de 1.156 novos agentes de cadeia pública e repassado um novo helicóptero para reforçar o policiamento na região de fronteira.